quarta-feira, 3 de junho de 2009

Uma Onda de Fé


Vamos apresentar aqui, através de reportagens, um dos nossos campos de pesquisa: a Bola de Neve Church. A matéria a seguir foi publicada no jornal Folha de São Paulo em 14 de Dezembro de 2003 e fala sobre a origem e doutrinas básicas da igreja (grifos nossos):

"Rinaldo Luiz de Seixas Pereira, 31, surfista, formado em propaganda e marketing e pós-graduado em administração, fundou a igreja. De família batista, sua experiência religiosa tornou-se intensa em 1992. Na época, bebia, era usuário de drogas --"nada que prejudicasse na escola"-- e teve uma hepatite séria. A sensação de morte foi forte.

Ele passou a frequentar a neopentecostal Renascer em Cristo. "Em 1999, havia o chamamento, a sede de falar do amor de Deus." Então Rina, como é mais conhecido, fundou a Bola de Neve.

Ele pensava que iria encontrar resistência do pai. Este então relatou que a mãe de Rina havia tido problemas no parto. O pai fez uma promessa pela salvação. Teria dito: "Meu filho é Teu".

Rina aponta como motivo para a fundação da igreja a necessidade de levar a mensagem de Deus em uma linguagem especial. Ele queria uma igreja com capacidade de transmitir o evangelho de forma mais pessoal.

Na visão do fundador da Bola de Neve, o crescimento das igrejas evangélicas é uma resposta ao crescimento da violência, do uso de drogas e da miséria. Nesse contexto, a sede de se aproximar do bem seria proporcional.

A igreja é liberal com relação à vestimenta. São permitidas tatuagens. É exigente em relação a outros aspectos: cigarro e bebidas alcoólicas são proibidas. E os corpos sarados só estão liberados para o sexo após o casamento."

Quanto ao curioso nome da igreja e ao púlpito em forma de prancha de surf, há um explicação disponível no site oficial (
www.boladenevechurch.com.br). Após fundar a igreja, o apóstolo Rina não tinha um nome para denominá-la. "Não demorou a aparecer um que expressasse a realização do sonho, uma Bola de Neve, que começando pequenininha, vira uma avalanche."
O problema seguinte era o local das reuniões, mas foi logo resolvido: "... quando não tínhamos nem onde nos reunir, Deus levantou um empresário do mercado surfwear, o grande amigo e irmão Jackson, para nos abençoar. Proprietário da HD, Hawaiian Dreams e, na época, licenciado da Rip Curl no Brasil, ele montou na empresa um auditório para workshops de relógios e roupas de borracha, com capacidade para 130 pessoas. (...) Este foi nosso primeiro endereço às quintas e domingos."
A prancha de surf foi a saída encontrada para a falta de lugar onde apoiar a Bíblia e acabou tornando-se a maior marca da igreja. Hoje há 26 Bolas de Neve espalhadas pelo Brasil. Todas elas com uma prancha no lugar do púlpito.

Em breve contaremos nossas experiências na visitação da igreja e as entrevistas realizadas. Aguardem!

3 comentários:

  1. Parabéns pelo trabalho, meninas! Textos imparciais e bem escritos, gostei muito!
    Sobre a Bola de Neve Church, não sei se seria um lugar no qual me sentiria à vontade, não gosto de locais agitados demais. Porém acho uma alternativa válida para os jovens, ou coroas que se sentem jovens, que procuram seguir à fé cristã. Melhor estarem em uma igreja "inusitada" do que cometendo crimes por aí.
    Por enquanto é isso!
    Marcos Neves Jr.

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  2. Hoje em dia, as igrejas, com o intúito de
    acumularem fiéis, têm se adequado às novas
    tendências.
    Particularmente, não vejo isso com bons olhos ...
    Não sei até que ponto isso é benéfico.
    Parece que há uma troca de favores ...
    Seria isso bom, no sentido religioso?
    Na minha opinião, não!

    Junior

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  3. Eu acho que eles querem seguir a fé cristã do jeito deles, o que na minha opinião é errado, ou você segue de verdade ou não. Mas concordo que é melhor la do que na marginalidade, como postado num comentário acima.

    Vitor.

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